Terça, 22 Novembro 2011 11:12 |
Fala-se ultimamente também muito em afetos. Pergunto-me se não é um sinal de tentativas, não naturais mas culturais porque pela mão do Homem, de encontrar o equilíbrio necessário a um ecossistema social que ameaça descambar. E às vezes começa-se pela linguagem, para chegar ao sentimento e acabar no gesto.
Li esta semana uma citação de Florbela Espanca que circula pelas redes sociais, extraída da sua correspondência e datada de 1916, que diz o seguinte: "Eu não sou como muita gente: entusiasmada até à loucura no princípio das afeições e depois, passado um mês, completamente desinteressada delas. Eu sou ao contrário: o tempo passa e a afeição vai crescendo, morrendo apenas quando a ingratidão e a maldade a fizerem morrer." Confesso que desconhecendo o contexto de tais afirmações da poetisa, se possa no entanto entendê-las como reflexo da angústia pessoal e sentimental que caracterizou a sua vida.
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Terça, 22 Novembro 2011 11:09 |
Prevê-se que a adesão seja maciça. A grande maioria dos portugueses tem motivos de sobra para protestar, e tem consciência que esta forma de protesto é a mais veemente pressão que se pode exercer sobre um governo democraticamente eleito, não apenas sobre o patronato, não apenas sobre o capital. Sabemos bem que o “Tratado de Lisboa” foi o culminar da ofensiva contra a soberania dos Estados, que representou a abdicação do poder político ao poder financeiro.
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